Escrever uma tese requer uma busca pela "verdade", não só a nossa própria verdade que requer disciplina, pesquisa, esmiuçar autores. Trabalho árduo. E tem essa busca pela originalidade. Enfim. Conversas podem ajudar a colocar pra fora aqui que ainda não conseguiu colocar no papel. Boa sorte!
Concordo muito quando você diz que "abandonar o texto", se distanciar por um tempo do escrito, é algo benéfico. Esse distanciamento temporário em alguns momentos foi ótimo para a minha dissertação de mestrado. Agora estou amadurecendo a ideia de um doutorado. E tenho certeza que suas impressões serão úteis para mim. Li você por curiosidade, aleatoriamente, e adorei.
Tantas frases que dialogaram comigo que nem sei qual escolher, mas certamente a ansiedade de ter mais textos prontos deu uma trégua por aqui. Obrigada!
Adorei sua visão. E pra mim foi ótimo pois ainda não tenho uma página da minha tese. Estou de licença maternidade e quando voltar vou precisar retornar e retomar cabeça e coração pra essa alegria e tristeza que é fazer um doutorado. Obrigada por compartilhar!
Incrível essa visão do deixar o texto descansar. Me lembra da expressão "tempo de gaveta", usada pelo Luis Fernando Veríssimo. Meu próximo texto aqui inclusive vai falar sobre isso – já era um texto sobre escrita, mas o cozimento demorou muito mais do que o esperado... precisei me afastar para poder me aproximar novamente. Adorei a referência da Laura Cohen.
Ando pensando muito sobre os "nãos" que tenho que dizer para sustentar o desejo da escrita. Eles são gigantes e pesam, mas são muito necessários. Obrigada por dividir tudo isso, faz muito sentido nas minhas próprias experiências também!
Eu tenho uma certa ansiedade por encerrar um texto. Escrevo crônicas, contos, poemas, e procuro me disciplinar (não é a melhor palavra, no meu caso, já que sou um indisciplinado convicto) para concluir, a qualquer custo, o que comecei. O epílogo sempre foi minha maior dificuldade. Talvez por isso eu tenha, de fato, abandonado muitos textos. Vez em quando os reencontro, perdidos nos arquivos do computador. Alguns eu concluí e, ao que me parece (não sou bom juiz da minha própria obra; temo que me tomem por arrogante, soberbo, petulante, quando passo longe disso, mas não tenho controle sobre o juízo alheio), são os que melhor produzo. Recentemente eu reescrevi um conto escrito há mais de vinte anos, quase trinta. Estava concluído, mas o final não me agradava, pela maneira abrupta como o concluía. Na nova versão, dei novo trato do início ao fim, aproveitando a ideia central. Alterei o título para "Petricor" e mantive o final, mas agora reelaborado. Acho que ficou bom.
Admito que fico ansiosa em constatar a necessidade do "descanso do texto". Parece tudo tão demorado para sair não do jeito que a gente quer, mas do jeito que o texto merece, sabe? Percebo que tento refrear a minha pressa em produzir escrita. Sinais dos tempos?
mais uma vez me reconheço no seu texto e na sua duvida de "estar investindo tempo e energia em uma formação acadêmica em um tempo histórico de precarização do ensino." alem de ambas doutorandas, também somos taurinas e queremos algo solido, mesmo que tambem artistico haha é engraçado pensar que antes de engatar em uma tese, sempre pensei que o estudo me garantiria essa estabilidade. hoje, me sinto como voce, e me pergunto frequentemente como o doutorado em literatura vai me ajudar no mundo que estamos. minha resposta ate agora é que, alem de aprendermos muito sobre um tema especifico, aprendemos muito sobre nos mesmas e sobre aprender. é essa malemolencia que eu me vejo desenvolvendo a cada dia doutoral que me tranquiliza, alem de me saber fazendo o que eu quero, de ser fiel a mim mesma. te desejo paciencia nessa jornada!
Escrever uma tese requer uma busca pela "verdade", não só a nossa própria verdade que requer disciplina, pesquisa, esmiuçar autores. Trabalho árduo. E tem essa busca pela originalidade. Enfim. Conversas podem ajudar a colocar pra fora aqui que ainda não conseguiu colocar no papel. Boa sorte!
Concordo muito quando você diz que "abandonar o texto", se distanciar por um tempo do escrito, é algo benéfico. Esse distanciamento temporário em alguns momentos foi ótimo para a minha dissertação de mestrado. Agora estou amadurecendo a ideia de um doutorado. E tenho certeza que suas impressões serão úteis para mim. Li você por curiosidade, aleatoriamente, e adorei.
Ah, que bom, Daniel! Fico feliz que tenha gostado. E sim apoio muito essa pausa, necessária pra gente oxigenar um pouco as ideias.
Tantas frases que dialogaram comigo que nem sei qual escolher, mas certamente a ansiedade de ter mais textos prontos deu uma trégua por aqui. Obrigada!
🤍
Adorei sua visão. E pra mim foi ótimo pois ainda não tenho uma página da minha tese. Estou de licença maternidade e quando voltar vou precisar retornar e retomar cabeça e coração pra essa alegria e tristeza que é fazer um doutorado. Obrigada por compartilhar!
Boa sorte, Jéssica! Torcendo por você!
Incrível essa visão do deixar o texto descansar. Me lembra da expressão "tempo de gaveta", usada pelo Luis Fernando Veríssimo. Meu próximo texto aqui inclusive vai falar sobre isso – já era um texto sobre escrita, mas o cozimento demorou muito mais do que o esperado... precisei me afastar para poder me aproximar novamente. Adorei a referência da Laura Cohen.
Ando pensando muito sobre os "nãos" que tenho que dizer para sustentar o desejo da escrita. Eles são gigantes e pesam, mas são muito necessários. Obrigada por dividir tudo isso, faz muito sentido nas minhas próprias experiências também!
Que texto excelente. Como me ajuda a perceber coisas em mim e a colocar a disciplina e o desejo em seus contextos e ligações.
Eu tenho uma certa ansiedade por encerrar um texto. Escrevo crônicas, contos, poemas, e procuro me disciplinar (não é a melhor palavra, no meu caso, já que sou um indisciplinado convicto) para concluir, a qualquer custo, o que comecei. O epílogo sempre foi minha maior dificuldade. Talvez por isso eu tenha, de fato, abandonado muitos textos. Vez em quando os reencontro, perdidos nos arquivos do computador. Alguns eu concluí e, ao que me parece (não sou bom juiz da minha própria obra; temo que me tomem por arrogante, soberbo, petulante, quando passo longe disso, mas não tenho controle sobre o juízo alheio), são os que melhor produzo. Recentemente eu reescrevi um conto escrito há mais de vinte anos, quase trinta. Estava concluído, mas o final não me agradava, pela maneira abrupta como o concluía. Na nova versão, dei novo trato do início ao fim, aproveitando a ideia central. Alterei o título para "Petricor" e mantive o final, mas agora reelaborado. Acho que ficou bom.
Admito que fico ansiosa em constatar a necessidade do "descanso do texto". Parece tudo tão demorado para sair não do jeito que a gente quer, mas do jeito que o texto merece, sabe? Percebo que tento refrear a minha pressa em produzir escrita. Sinais dos tempos?
Demais, amiga! A gente tá vivendo um tempo tão acelerado que é difícil não ficar ansiosa com essas escritas de preparo mais lento!
mais uma vez me reconheço no seu texto e na sua duvida de "estar investindo tempo e energia em uma formação acadêmica em um tempo histórico de precarização do ensino." alem de ambas doutorandas, também somos taurinas e queremos algo solido, mesmo que tambem artistico haha é engraçado pensar que antes de engatar em uma tese, sempre pensei que o estudo me garantiria essa estabilidade. hoje, me sinto como voce, e me pergunto frequentemente como o doutorado em literatura vai me ajudar no mundo que estamos. minha resposta ate agora é que, alem de aprendermos muito sobre um tema especifico, aprendemos muito sobre nos mesmas e sobre aprender. é essa malemolencia que eu me vejo desenvolvendo a cada dia doutoral que me tranquiliza, alem de me saber fazendo o que eu quero, de ser fiel a mim mesma. te desejo paciencia nessa jornada!
Boa sorte pra nós, Giuliana! Obrigada 🤍
Tb amo esse texto da Laura <3 e amei o seu! A disciplina é de fato o motor pra alcançarmos nossos desejos
Aaah 🤍 Laura é demais, né? Que bom que gostou, querida!