acho curioso que a escrita em primeira pessoa remete sempre a essa confusão entre o "eu personagem" e o "eu autor". e mais ainda que isso ocorra também quando essas duas "entidades" têm gêneros diferentes.
já percebi isso escrevendo em primeira pessoa! é o "eu autor" relatando & ponderando sobre o relato e a construção do "eu personagem". não sei se isso é ruim, mas me parece que não.
talvez seja algo que nos permita ter o distanciamento necessário do "eu personagem", ainda que se mantenha como figura extremamente íntima, para que o "eu autor" escreva sem tanto medo da autoexposição.
Na última edição escrevi sobre Zélia Gattai, escritora memorialista que amo, e pensava em como esse gênero é subestimado. Ela mesma, eleita para integrar a Academia Brasileira de Letras, sofreu críticas por consideraram ser uma homenagem ao ex-marido Jorge Amado e não por sua obra.
Gostei como você reflete sobre a escrita em primeira pessoa sem medo como processo criativo. Acredito que muitas escritoras se identifiquem com narrativas não-ficcionais e se sintam mais autorizadas. Eu mesma me senti. E, num futuro próximo, sejam devidamente valorizadas.
Que maravilhoso, no meu espaço escrevo somente minhas histórias e reflexões. Nunca levei pra esse lado de estar me expondo, mas levo como uma escrita curativa e terapêutica.
escrever do ponto de vista do "eu" é terapêutico e, talvez por isso, revelador. tendo a descobrir coisas sobre mim ou tomar ciência dessas coisas depois de transformá-las em palavras. e isso, às vezes, me faz ter receio de me expor... mas passa :)
Querida, vou fazer uma mediação hoje e usarei seu texto como inspiração para a primeira pergunta. Com o devido crédito, claro. Adoro tudo o que você escreve e ansiosa pelo livro.
acho curioso que a escrita em primeira pessoa remete sempre a essa confusão entre o "eu personagem" e o "eu autor". e mais ainda que isso ocorra também quando essas duas "entidades" têm gêneros diferentes.
já percebi isso escrevendo em primeira pessoa! é o "eu autor" relatando & ponderando sobre o relato e a construção do "eu personagem". não sei se isso é ruim, mas me parece que não.
talvez seja algo que nos permita ter o distanciamento necessário do "eu personagem", ainda que se mantenha como figura extremamente íntima, para que o "eu autor" escreva sem tanto medo da autoexposição.
Na última edição escrevi sobre Zélia Gattai, escritora memorialista que amo, e pensava em como esse gênero é subestimado. Ela mesma, eleita para integrar a Academia Brasileira de Letras, sofreu críticas por consideraram ser uma homenagem ao ex-marido Jorge Amado e não por sua obra.
Gostei como você reflete sobre a escrita em primeira pessoa sem medo como processo criativo. Acredito que muitas escritoras se identifiquem com narrativas não-ficcionais e se sintam mais autorizadas. Eu mesma me senti. E, num futuro próximo, sejam devidamente valorizadas.
Que maravilhoso, no meu espaço escrevo somente minhas histórias e reflexões. Nunca levei pra esse lado de estar me expondo, mas levo como uma escrita curativa e terapêutica.
Valeu pelo texto!
escrever do ponto de vista do "eu" é terapêutico e, talvez por isso, revelador. tendo a descobrir coisas sobre mim ou tomar ciência dessas coisas depois de transformá-las em palavras. e isso, às vezes, me faz ter receio de me expor... mas passa :)
amei, Taís!
Querida, vou fazer uma mediação hoje e usarei seu texto como inspiração para a primeira pergunta. Com o devido crédito, claro. Adoro tudo o que você escreve e ansiosa pelo livro.